Felipe VI defendeu jornalismo como “oxigénio das democracias”

As palavras do Rei surgiram na sequência de críticas tecidas pelo Vice-Presidente do Governo, Pablo Iglesias, que tem vindo a questionar, repetidamente, a liberdade de imprensa, acusando os “media” de perseguição.
Recorde-se que, com a declaração do estado de emergência em Espanha, o Governo promoveu várias conferências de imprensa, com periodicidade diária, adoptando, contudo, um modelo restritivo para liberdade de imprensa, por filtrar as questões dos repórteres e excluir a possibilidade de replicar as perguntas.
De acordo com esse método, os jornalistas enviavam as perguntas para um “chat” no “WhatsApp” e, durante a conferência de imprensa, era o Secretário de Estado da Comunicação, Miguel Ángel Oliver, que lia, em directo, uma selecção das questões formuladas.
Assim, cerca de 300 jornalistas de diferentes “media” espanhóis, entre os quais, uma centena de directores e editores, assinaram um manifesto denunciando a atitude censória do Governo.
Além disso, a FAPE -- Federação das Associações de Jornalistas de Espanha apelou, em comunicado, que o Governo, bem como as administrações regionais, começassem a permitir, gradualmente, a presença destes profissionais em conversas e reuniões.
Só mediante este movimento, o Governo cedeu e recuou no modelo dessas conferências de imprensa.