Além disso, apontou o relatório, a exposição à desinformação teve menos impacto nos resultados do que o acesso a artigos de confiança.

 

Ainda assim, acrescentou Scire, os cidadãos mostram-se mais susceptíveis a acreditar em “fake news” sobre a pandemia, do que sobre qualquer outro tema.


Além disso, a velocidade de disseminação dos relatórios de verificação de factos é algo a ter em conta.


Perante estas últimas conclusões, alguns “fact-checkers” do Continente Africano começaram a reforçar a desmontagem de boatos sobre a covid-19.


“Já percebemos que os governos e as autoridades transmitem informações contraditórias e, até mesmo erradas”, afirmou a “fact-checker”  Cathy Imani. “Quando não temos dados suficientes sobre um determinado assunto, temos maior probabilidade de preencher o vazio com questões enigmáticas. As nossas crenças e ideologias tornam-se relevantes. E sabemos que se não forem verificadas, tornam-se virais na internet”.


“Se não tratarmos a raiz destes problemas, teremos que os resolver -- numa maior escala -- quando as pessoas começarem a partilhar desinformação”, acrescentou a “fact-checker”  Ann Ngengere. “É muito difícil corrigir uma determinada notícia, depois de a desinformação ter sido partilhada por muitas pessoas. Torna-se complicado amplificar a informação fidedigna, e conseguir o mesmo nível de visibilidade do que as ‘fake news’”.


Assim, afirmam as especialistas, é importante que os relatórios de “fact-checking” sejam revelados o mais depressa possível, de forma a que a informação fidedigna possa surtir o efeito desejado.



Leia o artigo original em “Nieman Lab”