Facebook insiste na manutenção dos seus algoritmos
Nos últimos meses, o Facebook tem sido alvo de diversas críticas de ex-colaboradores, que acusam a empresa de não aplicar as medidas necessárias para o combate às notícias falsas e aos conteúdos enganosos, apesar de se ter comprometido com essa causa.
Conforme recordou o “Washington Post”, a ex-colaboradora Frances Haugen, cujas afirmações receberam atenção mediática substancial, apontou o algoritmo utilizado pelo Facebook como um elemento central nesta problemática.
Isto porque, segundo Haugen, o algoritmo da plataforma amplifica mensagens com conteúdo falso, além de mensagens de ódio, que promovem a polarização da sociedade.
Perante este cenário, os legisladores norte-americanos apresentaram dois projectos-lei que, caso sejam aprovados, irão obrigar as empresas tecnológicas a oferecer um maior poder de escolha aos seus utilizadores.
Assim, os cidadãos teriam a possibilidade de desactivar o algoritmo automático, e passar a visualizar, apenas, as publicações dos seus amigos, em ordem cronológica.
Contudo, segundo indicou o “WP”, o Facebook tem evitado que isto aconteça, já que o algoritmo foi concebido para captar a atenção dos consumidores, e promover a sua interacção com os conteúdos da rede social.
Além disso, aquela empresa tem uma conduta quase “paternalista” para com os seus utilizadores, ao afirmar que “sabe o que é melhor para eles”.
Novembro 21
Por sua vez, os críticos da rede social ressalvam a importância de poder escolher entre activar ou desactivar o algoritmo automático, uma vez que os cidadãos deveriam tomar as suas próprias decisões quanto ao consumo informativo.
Ademais, desactivar o algoritmo poderia reduzir, substancialmente, o nível de contacto dos cidadãos com “fake news”.
No entanto, os representantes da empresa garantem que isto não se verificaria. Aliás, numa entrevista concedida, recentemente, à televisão norte-americana, o responsável pelos negócios globais do Facebook, Nick Clegg, defendeu a existência do algoritmo.
“As pessoas iriam ver mais discurso de ódio, mais desinformação, mais conteúdo”, disse Clegg, acrescentando que aquela tecnologia foi “desenhada, precisamente, para filtrar e identificar os ‘posts’ nefastos’”.
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