Facebook concorre com YouTube e oferece vídeos em directo
Esta informação é do diário The Guardian que, por sua vez, refere como fonte o site norte-americano de tecnologia Re/code. Segundo a notícia, o pagamento é entendido como temporário, esperando o Facebook encontrar rapidamente, com os parceiros, outro modo de obter receitas dos vídeos em directo.
“Os anteriores acordos com as empresas noticiosas, tais como os Facebook Instant Articles, assentavam na repartição das receitas da publicidade, mais do que em pagamentos directos. No entanto, o Facebook Live não tem habitualmente anúncios, e dá mais trabalho aos publishers e meios noticiosos serem eles a produzir vídeo em directo.”
Esta rede social admite que está a adiantar “incentivos financeiros” a celebridades, para produzirem live stream, como também procurou obter direitos na área dos espectáculos desportivos, mas foi ultrapassada pelo Twitter no que respeita ao futebol americano.
“O Facebook Live foi lançado em Agosto do ano passado e vários grandes meios têm estado a experimentá-lo. A CNN usou este serviço para difundir o debate presidencial em Outubro, e o The Guardian usou-o para transmitir acontecimentos como a greve dos novos médicos.”
Um porta-voz do Facebook explicou:
“Anunciámos em Março que estamos a testar diversos modos de apoiar os nossos parceiros no sentido de começarem a experimentar o Facebook Live. Estamos a investir no vídeo em directo porque pensamos que é um grande trunfo para a nossa plataforma - há cada vez mais pessoas a ver e a partilhar vídeos em directo pelo Facebook, porque é pessoal, em tempo real e autêntico. Vamos continuar a trabalhar de perto com estes parceiros e aprender com eles de que modo podemos edificar a melhor experiência de Facebook Live e explorar, com eles, os potenciais modelos de compensação económica.”
Sobre esta questão, e conforme notícia da Digiday, “até agora, o único caminho que os produtores de vídeos tinham para obter compensação do Facebook era por meio dos Suggested Videos, que permite aos utentes visionar conteúdos relacionados com aquele que já estão a ver. Mas até este momento, segundo o Wall Street Journal, os Suggested Videos não têm estado a juntar dinheiro para muitos deles."
A Business Insider disse que as receitas dos Suggested Videos cresceram 50 % de Fevereiro para Março, mas a quantidade ainda é uma “pequena fracção” da receita total dos vídeos.
“O interesse do Facebook pela experiência dos utentes significa, por vezes, que a retribuição em termos financeiros leva mais tempo” - disse Julie Hansen, a presidente da Business Insider. “Mas é melhor, no sentido de que eles estão a concentrar-se em construir uma boa e duradoura experiência dos utentes, que acabará por ser traduzida em dinheiro.”
É talvez revelador que o título desta notícia da Digiday seja, precisamente: “Cuidado, YouTube! A nova secção de vídeos do Facebook está a excitar os publishers.”
As novidades tecnológicas introduzidas melhoram o acesso, tanto aos vídeos em directo como aos mais antigos vídeos on-demand, mas é o directo que toma prioridade, no topo da secção. Outras actualizações incluem a possibilidade de notificar os amigos sobre os vídeos que ambos estão a ver em directo, bem como um mapa inter-activo que permite aos utentes encontrar e assistir a vídeos de mais de 60 países.
Mais informação no The Guardian e na Digiday