O Facebook proibiu os utilizadores australianos de ver, partilhar e comentar qualquer tipo de conteúdo noticioso — nacional ou internacional — na rede social.
Esta medida surge como resposta a uma proposta de lei australiana, que visa obrigar a Google e o Facebook a pagar pelos excertos e “links” de notícias que agregam nas suas plataformas.
De acordo com a BBC, o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, descreveu a medida da rede social como uma “intimidação” e um acto para “desamigar a Austrália”.
Já o político Mark McGowan, primeiro-ministro do Estado da Austrália ocidental, acusou a empresa de se “comportar como um líder norte-coreano”.
O Observatório de Direitos Humanos na Austrália afirmou, por sua vez, que esta é uma medida de censura “sem escrúpulos”.
Entretanto, William Easton, responsável por aquela rede social na Austrália e Nova Zelândia, disse não compreender “a relação entre o Facebook e os ‘publishers’ que usam a plataforma para partilhar notícias”.
“Isto fez-nos deparar com uma escolha difícil: tentar cumprir uma lei que ignora a ausência dessa relação, ou parar de permitir conteúdo noticioso nos nossos serviços na Austrália. De coração pesado, escolhemos o último”, justificou.
Fevereiro 21
Na prática, esta medida do Facebook impede qualquer página noticiosa australiana de partilhar ou publicar conteúdo na rede social.
Além disso, os utilizadores australianos deixarão de ter acesso a conteúdo informativo, quer nacional, quer estrangeiro.
A nova lei australiana para regular a partilha de conteúdos noticiosos em plataformas, como as da Google e do Facebook, foi aprovada na Câmara dos Representantes da Austrália. Contudo, ainda não recebeu “luz verde” do Senado.
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