Ex-colunista do NYT anuncia nova plataforma jornalística
O colunista de "media" Ben Smith abandonou, recentemente, o "New York Times", para criar uma nova plataforma jornalística.
Conforme indicou aquele profissional nas redes sociais, o objectivo deste novo projecto passará por servir os interesses dos 200 milhões de cidadãos que consomem informação em inglês, que frequentaram o ensino superior, e que não têm sido representados no panorama mediático.
Assim, Ben Smith irá defrontar-se com um verdadeiro desafio, uma vez que propõe servir uma audiência global, de diferentes origens culturais, que apenas tem em comum o domínio da língua inglesa, e o nível de educação.
Quem o diz é Anita Zielina que, num artigo publicado no “Nieman Lab”, defendeu que o sucesso da nova iniciativa de Smith dependerá da introdução de medidas e estratégias inovadoras.
Zielina começou por notar que, em geral, as publicações jornalísticas editadas nos Estados Unidos tendem a focar-se naquilo que se passa no país, embora sejam distribuídas noutras zonas do mundo.
Por isso, considerou a autora, Smith parece ter razão ao afirmar que os milhões de cidadãos que lêem notícias em inglês, em diversas partes do mundo, nem sempre têm acesso a informações de qualidade sobre os seus países de origem. Isto verifica-se, também, junto de imigrantes nos Estados Unidos.
Assim, de forma a satisfazer a curiosidade informativa de consumidores das mais diversas origens, Zielina defende que Ben Smith deverá aprender com os erros de outras publicações internacionais, com o objectivo de criar uma verdadeira comunidade de leitores, que se sinta integrada por um único título.
Janeiro 22
Neste sentido, Zielina acredita que Ben Smith deve assegurar a criação de escritórios em diversos países, em detrimento da contratação de apenas alguns correspondentes internacionais.
Ademais, a equipa terá de ser composta por profissionais de várias nacionalidades, para assegurar a representatividade, bem como a diversidade e relevância dos conteúdos oferecidos.
A redacção projectada por Ben Smith deverá, ainda, evitar a reprodução de conteúdos partilhados por agências norte-americanas, considerou a articulista.
Por fim, Zielina sugere que a direcção desta nova iniciativa estabeleça o seu público-alvo de forma mais clara, de forma a orientar a linha editorial dos seus conteúdos e as temáticas a serem tratadas, para que o processo de fidelização seja mais rápido e eficaz.
Ao aplicar estes esforços, concluiu a autora, é possível que Smith consiga satisfazer os interesses de uma audiência globalizada, que procura, cada vez mais, consumir informações diferenciadas e de qualidade.
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