Ex-colaboradora do Facebook põe grupo em xeque no Senado dos EUA
Uma ex-colaboradora do Facebook prestou declarações junto do Senado norte-americano, para pedir uma maior regulamentação da rede social, e proteger a democracia, assim como os utilizadores mais jovens. A audiência aconteceu um dia após o “apagão mundial” da plataforma, que afectou milhões de utilizadores.
Com base em centenas de milhares de documentos, Frances Haugen, que falou perante a subcomissão de Comércio, acusou aquele empresa de ter conhecimento de danos, aparentemente, causados a adolescentes pelo Instagram e de ser "desonesta na sua luta pública contra o ódio e a desinformação".
A ex-colaboradora do Facebook apresentou, também, queixa junto das autoridades federais, alegando que a própria pesquisa do Facebook amplifica o ódio, as “teorias da conspiração”, e a agitação política.
Todas estas realidades, garantiu Haugen, são ocultadas do público.
Haugen esclareceu que está a fazer tais revelações porque acredita que "os produtos do Facebook prejudicam as crianças, alimentam a divisão e enfraquecem a democracia" norte-americana.
"A liderança da empresa sabe como tornar o Facebook e o Instagram mais seguros, mas não fará as alterações necessárias, porque isso poderá colocar em risco os seus lucros astronómicos", referiu Frances.
Perante este cenário, continuou a ex-colaboradora, é necessário que o Congresso intervenha.
Frances Haugen, de 37 anos, é licenciada em engenharia tecnológica e mestre de negócios, com especialização na análise de dados. Antes de ser recrutada pelo Facebook em 2019, trabalhou durante 15 anos noutras empresas de tecnologia, incluindo a Google, o Pinterest e o Yelp.
Outubro 21
Agora, o Senado está a investigar o uso que o Facebook faz das informações resultantes das pesquisas no Instagram, havendo indícios de que podem causar danos potenciais a alguns jovens, particularmente, do sexo feminino.
O Facebook reagiu, entretanto, às alegações de Haugen, classificando-as como “enganadoras” e afirmando que os seus colaboradores fazem o melhor trabalho possível para eliminar informações nefastas.
O depoimento de Haugen realizou-se menos de 16 horas após o “apagão” que paralisou as redes sociais da empresa, incluindo o Instagram e o WhatsApp.
Este problema fez com que os servidores das “apps” deixassem de ter comunicação com a internet, e teve um impacto directo na actividade profissional de muitos cidadãos.
O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, pediu, entretanto, desculpas pelo sucedido, sem adiantar nenhuma explicação concreta sobre o que provocou aquele incidente.
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