Estudo sobre a diversidade de género nos “media” britânicos
Um estudo de Aisha Majid, publicado na PressGazette, analisou até que ponto as jornalistas mulheres e de minorias étnicas merecem destaque, em relação a notícias digitais.
Uma pesquisa da Women in Journalism (WiJ) descobriu que, em 2020, um jornal do Reino Unido teve, apenas, seis dos 174 textos assinados por um jornalista de uma minoria étnica. Adicionalmente, foi registado que uma em cada quatro peças da primeira página pertenciam a uma jornalista mulher, e não houve qualquer notícia produzida por um repórter de etnia negra.
Assim, apesar de “em notícias online parecer haver mais diversidade de jornalistas”, os meios de comunicação variam no número de “mulheres e jornalistas de minorias étnicas que aparecem em artigos da homepage”.
Majid estudou esta variante durante cinco dias, em vinte artigos dos maiores meios de comunicação noticiosos do Reino Unido, nomeadamente, The Guardian, The Sun, Mail Online, The Telegraph, The Mirror e The Independent.
Verificou-se que “nos seis sites de notícias escolhidos para a pesquisa, 42% dos textos assinados pertenceram a jornalistas, comentadoras ou escritoras”, estatística mais alta do que a registada na pesquisa da WiJ, sendo que o The Mirror ficou no topo em diversidade de género.
Em relação às minorias étnicas, estes constituíram, apenas, 11% das assinaturas, sendo que o The Independent apresentou uma percentagem de 28%, estando muito à frente dos restantes títulos.
O editor do Independent, David Marley, admitiu que isto se deve aos valores fundamentais e aos princípios orientadores de diversidade e inclusão que a empresa aplica a todos os negócios e editoriais”.
Dezembro 22
Em oposição, no Mail Online e The Mirror, “apenas 5% e 6% das assinaturas, respectivamente, foram atribuídas a jornalistas ou colunistas de origens minoritárias”.
A editora-chefe do Mirror, Alison Phillips, confessou sentir-se decepcionada com as estatísticas, apesar de estar empenhada a mudar esses resultados.
Note-se que um relatório pedido pela Fundação Bill & Melinda Gates, publicado esta semana, concluiu que “as mulheres de cor estão quase completamente excluídas da indústria de notícias do Reino Unido e fracamente representadas ou ausentes de certos cargos editoriais seniores”.
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