Estudo revela progressão da tendência para os “podcasts”
A informação corresponde apenas a 6% dos podcasts desses países, mas o formato é bastante apelativo, sendo possível escolher entre três categorias existentes: os micro boletins – noticiários curtos que providenciam um sumário rápido da ordem do dia -, as rondas noticiosas – programas mais extensos que se focam em determinados assuntos –, e as análises aprofundadas.
Nos Estados Unidos, por exemplo, o podcast com mais audiência é produzido pela rádio pública. O “Up First” é um programa híbrido de 12 minutos, que reproduz entrevistas transmitidas de madrugada pela rádio. A aposta está a atrair cada vez mais público, com predominância de jovens.
O podcast do “The New York Times” chega a ser ouvido, diariamente, por dois milhões de pessoas. Por sua vez, o “The Economist” chegou a 1,5 milhões de ouvintes em apenas um mês. Já no Reino Unido, a aposta audio do “The Guardian” tem maior adesão do que o jornal em si mesmo.
A publicidade é a principal fonte de rendimento de quem trabalha neste formato, mas estão a surgir modalidades de pagamento. Na Dinamarca, o podcast diário “You Listen to The Politiken” está a experimentar um modelo híbrido: o programa é gratuito durante dois dias por semana e, depois, exclusivo para subscritores.
Outro estudo da Reuters, revela que o consumo de podcasts entre os portugueses também está a aumentar. Os resultados revelam que 34% dos portugueses ouve um podcast, o que coloca Portugal acima da média global.
Os portugueses preferem podcasts especializados (em assuntos como a economia, ciência, tecnologia) seguidos dos podcasts noticiosos e sobre desporto. A audição de podcasts é particularmente popular entre os mais jovens: cerca de metade dos portugueses entre os 18 e os 24 anos ouviu algum podcast no último mês.
A maioria dos especialistas em comunicação considera que ainda há espaço para crescimento, através de novas plataformas que permitem o acesso áudio em qualquer momento.
Falta ainda definir a escala de oportunidade. Embora a audiência esteja a aumentar, os segmentos que acompanham estes programas pertencem, sobretudo, a sectores mais alfabetizados e oriundos de sectores sociológicos mais informados.
Consulte o estudo na íntegra aqui.