Estudo isenta os “media” dos EUA de influenciar a política partidária
Nos últimos tempos, a polarização da sociedade passou a ser uma temática em destaque, uma vez que este fenómeno pode ser prejudicial para o funcionamento e isenção da imprensa e, consequentemente, afectar a saúde das democracias.
Se, por um lado, alguns especialistas consideram que este cenário está a ser promovido por figuras políticas, por outro lado, certos académicos defendem que as notícias sobre política são as principais responsáveis por este quadro.
Contudo, um estudo recente veio sugerir que os “media” têm pouca (ou nenhuma) responsabilidade, no que diz respeito à polarização da sociedade.
Para este relatório, que foi publicado no “International Journal of Press/Politic”, um grupo de investigadores analisou o consumo mediático de mais de 1200 norte-americanos, num total de 38 milhões de visitas a “sites” noticiosos.
Depois, os responsáveis pelo estudo usaram uma ferramenta de inteligência artificial, de forma a medirem a relação entre o consumo de notícias e a alteração das opiniões dos participantes.
Após esta análise, os investigadores concluíram que o acesso a “sites” noticiosos, favoráveis (ou não) a uma determinada ideologia, não parece ter qualquer influência nas suas atitudes e nos seus pontos de vista, uma vez que a maioria dos cidadãos tem pouco interesse em consumir notícias sobre política.
Os responsáveis pelo estudo sublinham, neste sentido, que as notícias favoráveis a determinadas ideologias políticas representam, apenas, uma pequena percentagem (cerca de 1%), de todos os conteúdos consumidos pelos leitores.
“Estes resultados vêm anular a narrativa de que as notícias partidárias são responsáveis pelos males da política contemporânea nos Estados Unidos”, afirmaram os autores.
Janeiro 22
“Embora o nosso estudo não esteja alinhado com relatórios anteriores, acreditamos que conseguimos espelhar a realidade norte-americana de forma mais fidedigna”, acrescentaram.
Assim sendo, os responsáveis pelo estudo acreditam que será necessário continuar a estudar o fenómeno da polarização social, para que se consiga combatê-lo, e assegurar a saúde das democracias.
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