Estudo da Reuters compara consumo de informação entre homens e mulheres em onze países
O mercado dos “media” continua a focar-se nos interesses masculinos, baseando-se na premissa de que os homens devem manter-se a par de acontecimentos de interesse público, enquanto a mulher se fica pela lide da casa.Este cenário é, particularmente, comum em países que registam desigualdades de género a nível político e económico.Pelo menos, esta é a conclusão que de um relatório do Reuters Institute For Journalism, que comparou o consumo de informação, entre indivíduos do género feminino e indivíduos do género masculino, em 11 países -- Quénia, África do Sul, Coreia do Sul, Hong Kong, Japão, México, Brasil, Finlândia, Alemanha, Reino Unido, e Estados Unidos.De acordo com as autoras do estudo -- Meera Selva e Simge Andi -- estes dados são relevantes porque a informação pode ser crucial na sobrevivência das mulheres que vivem em climas hostis.Além disso, com a pandemia e confinamento, estas mesmas mulheres ficaram mais expostas à possibilidade de violência doméstica.Assim, se consumirem notícias, as cidadãs terão acesso a dados sobre locais de refúgio, relatórios sobre saúde, e sobre os efeitos da crise pandémica na sociedade.Por outro lado, os “media” respondem a necessidades sociais, ao serem fontes de companhia, identidade e entretenimento.As desigualdades manifestam-se, ainda, nos temas mais consumidos pelas mulheres, e pelas experiências registadas nas redes sociais.
Dezembro 20
Ou seja, as cidadãs inquiridas mostraram-se mais interessadas em temas “tipicamente” femininos, como a educação e saúde. Além disso, não se disseram leitoras assíduas de artigos políticos.
Já nas redes sociais, os homens têm maior probabilidade de receber atenção e elogios de outros utilizadores, com base nos seus comentários e opiniões.
As mulheres, por sua vez, ficam expostas com base na sua identidade de género. As utilizadoras são, assim, desencorajadas ao expressarem, publicamente, o seu ponto de vista.
A falta de aceitação reflecte-se, consequentemente, na rejeição do consumo de certas de temáticas.
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