Os jornalistas brasileiros são, na sua maioria, mulheres (58%), brancas (68,4%), solteiras (53%), com menos de 40 anos, de acordo com o relatório final do “Perfil do Jornalista Brasileiro 2021”, que reuniu as respostas de mais de sete mil inquiridos.
Aliás, em relação à idade, cerca de 59,3% dos jornalistas brasileiros têm menos de quarenta anos, com 29% dos profissionais na faixa etária dos 18 aos 30 anos, e 30,3% dos colaboradores na faixa dos 31 aos 40 anos.
Isto reflecte, também, uma falta de jornalistas “experientes” nas redacções, uma vez que apenas 5% dos colaboradores têm mais de 64 anos. Ainda assim, este estudo reflecte um ligeiro envelhecimento da população jornalística, relativamente aos últimos dez anos.
Por outro lado, o indicador do Estado Civil tem sido uma constante no Brasil, uma vez que, conforme verificado em edições anteriores deste relatório, quase metade (49,4%) dos jornalistas são solteiros.
A nível de distribuição geográfica, a maior concentração de profissionais dos “media” encontra-se na região Sudeste, especialmente nos três estados mais populosos (São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro).
Relativamente ao nível de educação, a maioria (98,3%) dos jornalistas concluiu, ou está a concluir, um curso do Ensino Superior. Destes, cerca de 28,6% fizeram uma especialização, enquanto 14,7% concluíram o mestrado, e 4,7% ingressaram num doutoramento.
Neste âmbito, predominam os cursos em Jornalismo (94,1%), com alguns profissionais a terem licenciaturas noutras áreas da comunicação, tais como Rádio e TV ou Audiovisual/Cinema (5,6%), Publicidade (2,9%) e Relações Públicas (1,6%).
Hoje, a maioria dos profissionais (61,5%) colabora com “media” “online” -- entre colaborações integrais, em que esta é a única plataforma utilizada, e colaborações parciais – em que os jornalistas produzem conteúdo para outros formatos.
Julho 22
Além disso, 25,5% trabalha em TV; 22,3% em jornais impressos; 13,9% em rádio; 9,2% em agências noticiosas; 8,3% em revistas; e 8,8% noutro tipo de “media”.
A soma destas percentagens, 149,5%, espelha a hibridização do jornalismo brasileiro, no qual o digital serve, muitas vezes, de complemento para outros formatos.
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