Estudo analisa difusão de “fake news” sobre Covid-19

Em termos de formatos, a maioria (59%) da desinformação da amostra envolve reconfiguração, onde a informação existente e frequentemente verdadeira é recontextualizada, ou retrabalhada. A amostra conclui, também, que 38% da desinformação foi completamente fabricada.
A desinformação reconfigurada é responsável por 87% das interacções nas redes sociais. O conteúdo fabricado, por 12%.
Quanto a fontes, a desinformação fabricada por políticos, celebridades e outras figuras públicas proeminentes constituiu apenas 20% dos registos na amostra, mas representou 69% do envolvimento total das redes sociais. A desinformação, partilhada por “pessoas comuns”, parecia gerar muito menos envolvimento nas plataformas “online”.
As afirmações enganosas sobre as acções ou políticas das autoridades públicas, incluindo organismos governamentais e internacionais como a OMS ou a ONU, representam 39% da amostra.
As redes sociais são, assim, a principal plataforma de difusão de “fake news”. No Twitter, 59% as publicações classificadas como falsas continuam a ser partilhadas. No YouTube, 27% permaneceram em rede, e no Facebook, apenas 24% dos conteúdos classificados como falsos na nossa amostra continuam “online”, sem etiquetas de aviso.