Como recorda, logo nos primeiros parágrafos, a notícia que citamos, publicada no Observatório Europeu do Jornalismo, “a polémica dos e-mails privados de Hillary Clinton, enquanto Secretária de Estado de Barack Obama, nos EUA, e as demissões de João Soares e João Wengorovius Meneses, em Portugal, demonstram a pertinência das perguntas que balizam esta análise e a necessidade de melhor conhecer a realidade portuguesa”. 

Tanto João Soares como Wengorovius Meneses se demitiram dos seus cargos expondo publicamente as suas razões, ou despedindo-se, no Facebook. Segundo a pesquisa efectuada, durante o mês de Agosto de 2016, no Facebook e no Twitter, pelos mecanismos de busca das duas redes sociais, “apurou-se que, do total dos membros do Governo, 17 possuem contas em ambas as redes sociais e 19 não têm actualmente presença no Facebook ou no Twitter”. 

“Em termos de popularidade e, por consequência, capacidade de alcance de publicações, António Costa lidera em ambas as redes: no Facebook, o Primeiro-Ministro conta com 46 460 ‘gostos’ na sua página oficial, apesar de não ser actualizada desde 23 de Fevereiro, data da aprovação na generalidade da proposta de Orçamento de Estado para 2016 na Assembleia da República; já no Twitter, a sua conta mais popular (@antoniocostapm) conta com 6898 seguidores.” 

O artigo que citamos adianta ainda que, “paralelamente ao aumento da presença dos membros do Governo nas redes sociais, foram também criadas novas contas oficiais dos gabinetes ministeriais no Twitter, destinadas a comunicar toda a actividade oficial dos ministros e secretários de estado de cada tutela”: 

“Em declarações ao Diário de Notícias, a 5 de Junho de 2016, fonte oficial do Governo assegurava que um dos objectivos duma maior aposta nas redes sociais era o de ‘chegar tão próximo quanto possível aos cidadãos, informando-os directamente sobre a acção do Governo, respondendo às suas questões e promovendo, nesse sentido, uma presença no espaço dos novos media onde o contacto bilateral, directo, rápido e transparente é uma mais-valia para todos’.” 

Na ficha técnica, este trabalho realizado no ISCTE explica que “o método de procura e de verificação da existência de contas dos membros do Governo baseou-se essencialmente em pesquisas realizadas no Facebook, no Twitter e no Google, assim como em referência a presença nas redes sociais por parte dos órgãos de comunicação social. Todas as contas foram consultadas pela última vez a 5 de Outubro, sendo todos os dados aqui citados referentes a essa data”. 

 

Mais informação na notícia sobre este trabalho, no site do Observatório Europeu do Jornalismo