Estratégias mediáticas para manter os assinantes despertos
Cerca de um terço dos novos subscritores de serviços noticiosos cancelam a sua fidelização após 24 horas, de acordo com um novo estudo da empresa tecnológica Piano, analisado pela jornalista Sarah Scire, do “Nieman Lab”.
Conforme apontou Scire, a Piano é uma das principais criadoras de “paywalls” do mundo, que comercializa, igualmente, outras ferramentas tecnológicas e conselhos financeiros para empresas mediáticas.
O seu mais recente relatório vem, agora, reforçar a necessidade de captar a atenção dos subscritores o mais depressa possível, uma vez que 33% dos novos assinantes cancelam a sua fidelização em menos de um dia.
“Não podemos, apenas, assumir que um subscritor irá consumir o nosso conteúdo”, alerta o estudo. “Por isso, é preciso ter um plano para a sua retenção, incentivando hábitos de conteúdo”.
“Isto pode ser concretizado através de ‘newsletters’, cartas de boas-vindas assinadas pelo editor, a disponibilização de uma aplicação móvel, ‘podcasts’, ou lembretes sobre as vantagens oferecidas aos assinantes”, continua o relatório.
A Piano sublinhou, também, que os jornais devem “acordar” os subscritores “adormecidos” – leitores fidelizados que não interagem com os conteúdos publicados há um longo período de tempo.
Julho 22
No entanto, a única forma de “acordar”, eficazmente, estes assinantes, é através de notícias de última hora, ou de grandes reportagens. Isto porque, caso contrário, ao receberem uma notificação que não lhes interesse, estes leitores terão maior probabilidade de cancelar a fidelização.
Ainda assim, a melhor estratégia, afirma a Piano, é garantir que os leitores nunca “adormecem” e que continuam a interagir com os artigos.
Mais de metade dos jornalistas inquiridos num estudo recente afirmaram já ter considerado deixar o seu trabalho por motivos de exaustão ou mesmo de burnout. Os dados estão disponíveis num...
A equipa do Nieman Lab esteve na conferência anual da Online News Association (ONA) e fez um resumo de algumas notas coligidas durante o encontro, que decorreu entre os dias 18 e 21 de Setembro, em...
Uma das funções do jornalismos é ser “tão ágil quanto certeiro a contar o que está a acontecer e fazê-lo de forma ordenada e contextualizada”. Até aqui nada de novo. “A novidade é que...
Embora se definam apenas como plataformas tecnológicas, as redes sociais influenciam as opiniões pessoais. Os especialistas em comunicação, como Rasmus Kleis Nielsen, autor do artigo News as a...
De acordo com Carlos Castilho, do Observatório de Imprensa do Brasil, com o qual o CPI mantém uma parceria, o jornalismo enfrenta, actualmente, dois grandes desafios, nomeadamente,...
Num texto publicado no media-tics, o jornalista Miguel Ormaetxea, reflectiu acerca da receita de publicidade digital dos media, que, em grande parte, fica nas mãos de grandes empresas de tecnologia,...
Num texto publicado na revista ObjETHOS, um dos seus pesquisadores, Raphaelle Batista, reflectiu sobre o papel que o jornalismo teve no Brasil durante 2022, assim como o que deve ser mudado.
Batista...
O Journalism Competition and Preservation Act (JCPA), um projecto de lei que pretendia “fornecer um 'porto seguro' por tempo limitado para algumas organizações de notícias negociarem...
Algumas organizações criaram um novo guia, Dimensions of Difference, para ajudar os jornalistas a entender os seus preconceitos e a cobrir melhor as diferentes comunidades. Este projecto baseia-se...