Entre a reputação das marcas noticiosas e o papel dos jornalistas
Os leitores continuam a valorizar mais a reputação das marcas noticiosas do que a qualidade e transparência do jornalismo exercido, revelou o mais recente relatório do Reuters Institute, com base em entrevistas a 132 cidadãos, dos Estados Unidos, Reino Unido, Brasil e Índia.
Através destes inquéritos, o Reuters Institute tentou clarificar a percepção que os cidadãos têm dos “media”, bem como do papel dos jornalistas.
Se, por um lado, alguns cidadãos demonstraram ter um bom conhecimento sobre o que representa cada marca noticiosa, outros ainda são influenciados pelas opiniões de terceiros.
Aliás, a preocupação com a reputação das organizações noticiosas foi referida pelos cidadãos dos quatro países, assim como a importância da familiaridade com as marcas de “media”.
Desta forma, as questões sobre a confiança na imprensa resultaram, muitas vezes, em referências aos gostos particulares de cada consumidor.
Com isto, o Reuters Institute concluiu que a distinção entre “gostar de uma organização” e confiar numa “organização” continua a não estar bem definida.
Por outro lado, poucos foram os participantes que demonstraram confiança nos seus conhecimentos sobre o papel do jornalismo. Os restantes focaram-se em questões visuais, como a paginação das notícias.
Abril 21
E, embora a maioria dos consumidores tenha manifestado preocupação com a transparência do jornalismo, uma parte significativa apresentou argumentos mal fundamentados sobre a alegada má prestação de algumas marcas noticiosas.
Ainda neste âmbito, apenas um número residual de inquiridos afirmou que a cobertura sobre a pandemia os fez confiar mais nos “media”.
O estudo referiu, da mesma forma, que o trabalho dos apresentadores de televisão tem mais visibilidade do que o trabalho dos jornalistas.
Aliás, quando questionados sobre a identidade de jornalistas, os inquiridos referiram-se, muitas vezes, a colunistas ou “opinion makers”. Por outro lado, tiveram facilidade em identificar, correctamente, personalidades televisivas.
Com isto, o relatório indicou que os cidadãos continuam a não compreender o panorama noticioso nos seus respectivos países, baseando as suas opiniões nas críticas de terceiros, ou na familiaridade que possuem com determinadas personalidades televisivas.
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