A jornalista norte-americana Jessica Huseman lançou, recentemente, o Friendly State News, um centro de formação para estudantes e profissionais dos “media”, que queiram aprender mais sobre o sector.
Em entrevista para o “Nieman Lab”, Huseman explicou que a ideia de criar uma nova escola de “media”, com preços acessíveis, surgiu em 2014, altura em que ingressou no Mestrado de Jornalismo, na Universidade de Columbia.
À época, Huseman apercebeu-se de que os cursos de jornalismo, em universidades conceituadas, oferecem uma formação especializada, essencial para quem queira perceber mais sobre o meio.
Contudo, por norma, nos Estados Unidos, estes cursos têm um custo bastante elevado, tornando-os inacessíveis para a maioria dos jovens.
Além disso, este investimento nem sempre está associado a boas perspectivas de emprego, já que, também nos EUA, o jornalismo é uma profissão mal remunerada.
Por isso mesmo, Huseman decidiu reunir todo o conhecimento que foi adquirindo ao longo do seu percurso enquanto profissional dos “media” e investigadora académica, e transformou-os em cursos com preços mais acessíveis.
“Dei por mim a ficar frustrada com o preço da educação em jornalismo e pela forma como os cursos são estruturados”, disse aquela profissional. “As formações em ‘media’ têm que estar focadas numa vertente prática. Além disso, não sei até que ponto é que os cursos actuais servem a necessidades do jornalismo contemporâneo”.
Novembro 21
Huseman especificou, neste sentido, que a maioria das escolas de jornalismo têm uma abordagem, essencialmente, científica, negligenciando ofertas curriculares sobre reportagens de investigação, por exemplo.
Huseman disponibiliza, agora, “workshops” para grupos de profissionais que, por 500 dólares, passam a ter acesso a formações sobre o trabalho de redacção. O preço passa para 250 dólares, caso os interessados ainda sejam estudantes.
Os jornalistas “freelancer” têm, também, a possibilidade de aceder a cursos avulsos, por 15 dólares cada.
“O jornalismo é, fundamentalmente, uma habilidade não mensurável”, disse Huseman. “Existem elementos muito subjectivos, mas é essencial ter noções básicas sobre como ser repórter, tais como a capacidade de fazer análise de dados ou preencher documentos para entregar às finanças”.
“Se os jovens tiverem a capacidade de pegar nesses elementos, desconstruí-los, e assumi-los enquanto habilidades individuais, então os resultados educacionais serão melhores”.
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