“Se a factura final imposta pelo executivo parece menos dolorosa do que estava previsto  - a direcção do Orçamento queria amputar a France Télévisions em 800 milhões de euros, segundo as nossas informações -  nem por isso deixa de ser elevada. No Ministério da Cultura explica-se que foram os esforços de Françoise Nyssen que permitiram chegar a este mal menor. (...) A France Télévisions conseguiu convencer que já não tinha mais ‘gorduras’.” (...) 

No total, vai ser preciso encontrar “quase 400 milhões de euros, ou seja, 15% dos nossos recursos; é uma trajectória realista, mas que vai ser difícil”  -  declarou Delphine Ernotte, presidente da televisão pública, numa entrevista recente. 

O executivo confirmou a supressão de France 4, cujo canal deverá estar livre “o mais tardar em 2020”, bem como o dos territórios ultramarinos, France Ô, que tinha “uma audiência demasiado confidencial”, segundo o comunicado do Matignon [residência oficial do Primeiro-Ministro]. 

No seu lugar, a France Télévisions proporá programas para as crianças nos seus [outros] canais e nos tablets, enquanto os programas destinados ao ultramar serão reintegrados nas cadeias nacionais. 

Para rematar, e segundo uma sondagem da OpinionWay  - aqui citada por Le Figaro -  entre 42% e 46% dos franceses entendem que as séries, os filmes, o entretenimento, a informação e o desporto são, finalmente, semelhantes entre o serviço público e os media privados. 

“Os responsáveis políticos sempre pretenderam comparar a France Télévisions à BBC, evitando cuidadosamente compará-la à TF1”. Mas, citando ainda Le Figaro, “também se pode estimar que é a cadeia privada TF1 que se esforça por copiar o serviço público”. (...)

 

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