Empresas tecnológicas ouvidas em Congresso contornam responsabilidades na desinformação
Os responsáveis pelas plataformas Facebook, Google e Twitter voltaram a ser interrogados pelos congressistas norte-americanos sobre a proliferação da desinformação.
Os congressistas ouviram, em concreto, as declarações de Mark Zuckerberg (Facebook), Sundar Pichai (Google) e Jack Dorsey (Twitter), sobre a invasão da Capitólio, no início de Janeiro.
Zuckerberg afastou qualquer responsabilidade e criticou os utilizadores da plataforma que “partilham [conteúdo falso], (...), com retóricas repetitivas, alegando que as eleições tinham sido manipuladas”.
Além disso, o fundador daquela rede social afirmou que o Congresso deveria focar-se naqueles que “violaram a lei”. Ainda assim, Zuckerberg admitiu que a plataforma que dirige poderia aperfeiçoar a moderação de conteúdos.
Da mesma forma, Sundar Pichai, CEO da Alphabet -- empresa-mãe da Google -- afirmou que a empresa tecnológica está a trabalhar para melhorar a transparência da sua actuação, mas rejeitou medidas que pudessem condicionar a liberdade de expressão “online”.
Por outro lado, Jack Dorsey, da rede social Twitter, assumiu que a plataforma permitiu a disseminação de notícias falsas, que resultaram na invasão do Capitólio.
Durante esta audição, alguns congressistas do Partido Democrata disseram estar preocupados perante a actuação destas empresas, acusando-as de lucrar com a partilha de desinformação.
“Vocês [os responsáveis pelas plataformas] passam a ideia de que não têm um papel activo na partilha de informação falsa e de ideias extremistas”, afirmou o Representante Frank Pallone, citado pelo “New York Times”. “ Eu discordo com esta posição. Vocês não são actores passivos. Estão a lucrar com isto”.
Março 21
Por outro lado, os congressistas republicanos disseram-se inquietos com o silenciamento de figuras de extrema-direita nas redes sociais, acusando as redes sociais de censura.
“Estamos todos cientes de que as empresas tecnológicas têm vindo a implementar censura contra vozes conservadoras, servindo a agenda radical dos progressistas”, afirmou o congressista Bob Latta.
Da mesma forma, Latta disse estar descontente com a utilização da secção 230 do Communications Decency Act.
"A secção 230 oferece-vos a protecção de responsabilidade pelas decisões de moderação de conteúdo tomadas de boa fé".
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