É precisamente neste momento que a nossa profissão “precisa de artesãos, de profissionais preparados, experimentados, independentes e livres, o que quer dizer, de jornalistas”  - afirmou. 

Fernando Urbaneja defendeu a ideia de que o jornalismo deve ser exercido de forma profissional, assente na busca diligente da verdade, verificando sempre, com transparência e com cepticismo. 

Sobre a exigência da ética profissional, declarou que o irrita que nem todos os meios tenham o seu manual de ética ou livro de estilo, que “devia fazer parte dos contratos”.  

Sobre a autorregulação, afirmou que tem três problemas, ou exigências:

  1. – “que os autorregulados queiram autorregular-se”;
  2. – “que haja uma entidade externa, independente, que determine como se exerce essa autorregulação”;
  3. – “e que as decisões desta entidade tenham consequências, mesmo que seja só a consequência de se tornar pública e conhecida”.

 

González Urbaneja descreveu sucintamente a história que levou à actual Comissão de Arbitragem, Queixas e Deontologia, que é formada “por juristas com reputação e experiência em matéria de liberdade de expressão, dois catedráticos universitários com formação jurídica e em matéria deontológica, pessoas da sociedade civil e dois jornalistas; de tal modo que não houvesse maioria nem de juristas nem de jornalistas”. 

Apesar de ser o seu impulsionador, confessa-se céptico quanto ao êxito da referida Comissão, “porque nenhum dos autorregulados quer ser autorregulado; só lhes interessa quando lhes convém”.

 

O texto citado, no site da APM, com a qual mantemos um acordo de parceria