Em defesa do “fact-checking” para todas as plataformas
A desinformação não é exclusiva das redes sociais, já que é disseminada através de emissões televisivas ou reportagens escritas, através de campanhas publicitárias ou de formatos de opinião, defendeu Nicholas A. Ashford num artigo publicado no “New York Times”.
De acordo com Ashford, o governo norte-americano tem vindo a focar-se na responsabilização das redes sociais, na esperança de que as plataformas implementem novos mecanismos de combate às “fake news”.
Contudo, segundo recordou Ashford, os “media” tradicionais também podem ser fontes de desinformação, já que, actualmente, não existem organizações estruturadas para a verificação de factos nas emissoras privadas.
Além disso, de acordo com o autor, a desinformação é partilhada, rapidamente, entre os diversos meios de comunicação. Assim, seria insuficiente tentar encontrar soluções direccionadas a uma única plataforma.
Por isso, o autor sugere que o governo encontre novas formas de regulamentar a informação partilhada nos “media”, quer através de financiamento, quer através da implementação de directrizes.
Neste âmbito, Ashford recorda que, em meados do século XX, a Comissão Federal das Comunicações implementou a Fairness Doctrine, uma lei que obrigava os “media” a apresentarem diversos pontos de vista sobre um mesmo assunto.
Este documento foi, mais tarde, rejeitado pelo Presidente Ronald Reagan.
Março 21
Contudo, o autor considera que seria oportuno implementar uma lei semelhante, que redirecciona o foco no direito à informação.
Ashford acredita que este tipo de exposição mediática -- a diversos pontos de vista e opiniões -- poderia ajudar os consumidores de informação a expandir a sua própria realidade e perspectiva.
Da mesma forma, os cidadãos teriam a capacidade de identificar, com maior facilidade, a informação falsa.
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