Eleições francesas são um pretexto para apelo a favor da liberdade de informação

O texto do documento parte da necessidade de defender, tanto a liberdade de opinião de qualquer cidadão - que consiste em “poder dar, sem correr risco, o seu ponto de vista, na condição óbvia de não ferir aquelas leis elementares sobre o ódio ao outro” - como a liberdade de informar, que se dirige aos “agentes de intranquilidade que são os jornalistas, esses ‘chatos’ que trazem ao conhecimento do maior número de pessoas aquilo que não se sabia antes de o ler, de o escutar ou ver”.
Situando estes direitos no contexto actual, o mesmo documento afirma:
“Na hora da ‘pós-verdade’, que pretende que já não sejam os factos a formar as opiniões, mas as opiniões a fabricarem falsidades; na hora em que os ataques contra o jornalismo se tornaram tristes investimentos eleitorais de numerosos responsáveis políticos; na hora em que a concentração dos media atingiu em França um nível histórico - em resumo, nesta hora, está escuro. Não podemos aceitá-lo.”
“Que a imensa maioria da produção de Informação, em França, fora do serviço público, esteja hoje nas mãos de oito milionários financeiros ou capitães de indústria cujo centro de actividade é a venda de armas, de comunicações telefónicas, da construção e obras públicas ou da banca, não é uma boa notícia - ainda mais quando o movimento de negócio de alguns depende das boas relações com os governos no poder ou, por vezes, com ditaduras estrangeiras.” (...)
O apelo desenvolve então cinco pontos que formam o núcleo do apelo dirigido a todos os candidatos presidenciais:
- – Lutar contra a concentração dos media e assegurar a transparência da sua propriedade.
- – Fazer adoptar uma nova lei sobre a protecção do segredo das fontes.
- – Lutar contra os processos abusivos postos aos jornalistas.
- – Criar o delito de tráfico de influência aplicado ao campo da Informação.
- – Tornar mais fácil e alargar a todos os cidadãos o acesso aos documentos públicos.
O apelo público, na íntegra, no site do Acrimed