Editora afastada do “New York Times” reflecte sobre a politização dos “media” americanos
Weiss refere, porém, que o “ponto de ruptura” foi a demissão forçada do seu supervisor James Bennet, na sequência da publicação de um texto da autoria do Senador Tom Cotton.
“Além disso, o ambiente estava tão tenso que o meu novo superior me pediu, explicitamente,que não encomendasse mais artigos de opinião -- prosseguiu -- Qualquer pessoa no nosso departamento que sentisse que um artigo era ‘contra corrente’ poderia solicitar que não fosse publicada”.
“Eu poderia ter ficado, a trabalhar em assuntos inócuos, ou poderia partir e continuar a escrever o que acredito ser verdade. Tomei a decisão de partir, o que foi muito difícil, mas não me arrependo. E o que tenho visto no ‘New York Times’ confirma os meus receios”.
“Para mim, as páginas de opinião do ‘New York Times’ deveriam ser um local de expressão livre para um republicano eleito bastante convencional. -- continuou a jornalista -- No modelo antigo [dos ‘media’], tinha medo de irritar os anunciantes; no modelo de hoje, temos receio de de irritar o público. E como as regras mudam tão rapidamente, está a auto-censurar-se não só para o presente, mas, igualmente, para o futuro.
Agora, Weiss quer dedicar-se a dar visibilidade aos jornalistas que são “suficientemente corajosos” para expressarem a sua opinião, de forma a garantir a diversidade de fontes fiáveis do panorama mediático.