Nos termos da reportagem do Correio da Manhã, “o núcleo de interessados foi reduzido e a apresentação de propostas finais está para breve”.  A sede do Jornal de Notícias poderá render cerca de 10 milhões de euros, e a do Diário de Notícias sensivelmente o dobro.

A mesma notícia lembra ainda que este último prédio, da autoria do arquitecto Porfírio Pardal Monteiro, foi galardoado, em 1940, com o prestigiado prémio Valmor de arquitectura.

Concluído o negócio, a administração da Global Media Group procederá à mudança dos jornais para as suas novas sedes, “que devem continuar nos limites das cidades do Porto e de Lisboa”, esta última incluindo também a TSF nas suas instalações.

Recorde-se que não é a primeira vez que os edifícios do JN e do DN suscitam a cobiça dos especuladores imobiliários, interessados  em vendê-los com objectivos puramente comerciais.

Há alguns anos gerou-se um forte movimento, com expressão interna no Diário de Notícias e o apoio de antigos jornalistas e trabalhadores do jornal, indignados com essa possibilidade.

O movimento conseguiu dissuadir os então proprietários do jornal da avenida da Liberdade, tendo a operação sido abortada.

O edifício do Diário de Notícias foi desenhado, de raiz, para albergar o jornal, até então instalado na rua com o mesmo nome, no coração do Bairro Alto.

É um património único, cuja alienação para fins diversos, a confirmar-se, constituirá um grave atentado à história de um jornal centenário e da própria cidade.

Esperemos que seja travado a tempo.

 

A notícia do Correio da Manhã em: