… E suporta ofensiva perante revelações controversas
Durante as últimas duas décadas, a rede social Facebook conseguiu estabelecer-se enquanto uma das maiores empresas tecnológicas do mundo, contando com cerca de 3 mil milhões de utilizadores.
Assim, esta rede social tornou-se a plataforma mais bem sucedida de todos os tempos, baseando-se em inovações tecnológicas e facilitando as dinâmicas comunicacionais na internet.
Contudo, devido às medidas de gestão aplicadas por Mark Zuckerberg, as redes sociais do Facebook, incluindo o Instagram e o Whatsapp, têm estado no centro de diversos casos polémicos.
Conforme recordou Carlos Castilho num artigo publicado no “Observatório da Imprensa”, com o qual o CPI mantém um acordo de parceria, o Facebook começou por ser criticado por governos, que acusavam a empresa de interferir com o debate político, e por Grupos de “media”, que se diziam preocupados com a acelerada migração de audiências e de investidores.
No entanto, desde o depoimento de Frances Haugen, ex-colaboradora da Equipe de Integração Cívica do Facebook, as acções da rede social passaram, também, a ser vigiadas por organizações de defesa da família e de protecção aos adolescentes nos Estados Unidos.
Isto porque, segundo relembrou Castilho, Haugen acusou o Facebook de divulgar conteúdos que espoletavam problemas do foro psicológico, tais como ansiedade, depressão e distúrbios alimentares.
Desta forma, a ofensiva anti-Mark Zuckerberg deixou de ser exclusiva do terreno político, e passou a ser debatida, igualmente, em ambiente familiar.
Outubro 21
Haugen não foi, porém, a única profissional a denunciar as acções nefastas do Facebook.
Aliás, em Abril deste ano, Sophie Zhang, uma especialista em processamento de dados e ex-colaboradora do Facebook, denunciou ao “The Guardian” que a rede social era cúmplice das violações dos direitos humanos cometidas por governos de oito países.
Da mesma forma, o “Wall Street Journal” publicou uma série de reportagens, contendo acusações sobre a política interna da empresa.
Nestes artigos, o jornalista Jeff Horowitrz afirmou, por exemplo, que a equipa de Mark Zuckerberg havia desenvolvido o sistema “XCheck”, que privilegia mensagens partilhadas por clientes preferenciais, mesmo que estas violem as regras éticas e profissionais da plataforma.
Além disso, a rede social tem vindo a ser acusada de vender os dados pessoais dos seus utilizadores.
Apesar de todas as provas e reportagens divulgadas, prosseguiu Castilho, é provável que a batalha contra as políticas internas do Facebook continue durante vários anos, já que está minada por interesses políticos e empresariais.
Por isso mesmo, concluiu o autor, é provável que o confronto termine sem que sejam apurados os vencedores.
Embora muitos meios de comunicação social personalizem recomendações de notícias há anos, a introdução da inteligência artificial generativa está a transformar não apenas o conteúdo...
Portugal tem poucas medidas legislativas específicas para combater a desinformação, embora disponha de diversas iniciativas de literacia mediática. Esta é uma das principais conclusões do mais...
Em mais um artigo para o Observatório da Imprensa do Brasil, com o qual o CPI mantém uma parceria, Carlos Castilho aborda a cobertura de guerras na era digital: “A maioria dos principais jornais,...
Embora se definam apenas como plataformas tecnológicas, as redes sociais influenciam as opiniões pessoais. Os especialistas em comunicação, como Rasmus Kleis Nielsen, autor do artigo News as a...
De acordo com Carlos Castilho, do Observatório de Imprensa do Brasil, com o qual o CPI mantém uma parceria, o jornalismo enfrenta, actualmente, dois grandes desafios, nomeadamente,...
Num texto publicado no media-tics, o jornalista Miguel Ormaetxea, reflectiu acerca da receita de publicidade digital dos media, que, em grande parte, fica nas mãos de grandes empresas de tecnologia,...
Num texto publicado na revista ObjETHOS, um dos seus pesquisadores, Raphaelle Batista, reflectiu sobre o papel que o jornalismo teve no Brasil durante 2022, assim como o que deve ser mudado.
Batista...
O Journalism Competition and Preservation Act (JCPA), um projecto de lei que pretendia “fornecer um 'porto seguro' por tempo limitado para algumas organizações de notícias negociarem...
Algumas organizações criaram um novo guia, Dimensions of Difference, para ajudar os jornalistas a entender os seus preconceitos e a cobrir melhor as diferentes comunidades. Este projecto baseia-se...