Menos de um ano após a entrada de surpresa de Daniel Kretinsky no capital de Le Monde, esta operação é vista como uma afronta por Xavier Niel, co-accionista do grupo de Imprensa: 

“Seria uma agressão a mim próprio e às redacções”  - afirma. 

Há muito tempo parceira de Le Monde, a Prisa, proprietária do diário madrileno El País, procurava desde 2018 desvincular-se do jornal. “Só Le Nouveau Monde entrou em negociações connosco, enquanto os outros accionistas e a administração sugeriram diluir a nossa participação”  - explica um porta-voz da Prisa. 

Segundo o artigo de Sandrine Cassini, publicado em Le Monde a 17 de Julho, a aquisição da parte detida pela Prisa em Le Monde Libre  não confere “qualquer direito suplementar” mas, apesar disso, Pigasse e Kretinsky estariam “disponíveis para pagar um preço alto  - pouco menos de 20 milhões de euros, segundo várias fontes”. 

“Uma soma elevada, que poderia colocá-los em posição de reclamarem os assentos hoje ocupados pela Prisa no conselho de fiscalização do Grupo.” 

Etienne Bartier, “membro do conselho de fiscalização da sociedade de Matthieu Pigasse e braço direito de Daniel Kretinsky”, recorda que, embora sendo já accionistas, não pediram lugar no conselho  - mas sem prometer nada quanto ao futuro.  (...)

 

Mais informação em Le Monde  e em Le Figaro.

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