… E Hong Kong aperta o cerco ao jornalismo independente

Segundo recordou a jornalista Leung Ka-lai, o governo passou a controlar as histórias publicadas pelos “media” independentes e a maioria das fontes deixou de fornecer informações privilegiadas.
A jornalista Icy Jung, revelou, por seu turno, que, após a detenção de Jimmy Lai -- um empresário de “media” conhecido por apoiar os movimentos pró-democracia -- as autoridades dirigiram-se à redacção para a qual colabora, a “Apple Daily”, para recolherem informações pessoais dos jornalistas.
Já Tiffanie Leung, colaboradora do jornal “Stand News”, recordou que, enquanto jovem profissional, foi muitas vezes assediada pelas autoridades, durante as manifestações pró-democracia.
Além disso, Leung revelou que, de um momento para o outro, vários “media” internacionais deixaram de ser reconhecidos pelo governo, passando a ser considerados como “alvos a abater”.
Neste sentido, Ronson Chan, editor do “Stand News”, referiu que estar presente no local das manifestações, para contar as histórias em primeira mão, pode ter consequências nefastas para a integridade física dos profissionais.
Outras das jornalistas entrevistadas -- como Bao Choy, Catherine Chan -- destacaram, por seu lado, o aumento do número de detenções e da dispensa de profissionais, bem como o encerramento de títulos independentes.
Com isto, os jornalistas de Hong Kong, embora dedicados à sua missão, sentem-se agora, impelidos, a reavaliar as suas prioridades e a garantir a sua própria segurança, bem como a das suas famílias.
Leia o artigo original em "Columbia Journalism Review"