Duas Franças de caras na Imprensa marcam presidenciais à primeira volta

As duas fotografias da mesma dimensão aparecem na maioria dos jornais, com títulos que falam de "duelo", de "ruptura", de "choque" ou do efeito de surpresa, de "histórico" ou de "inédito" na situação criada. Le Monde opta por pôr, não as imagens, mas apenas os nomes, como símbolos das “duas Franças” - e um mapa que permite ver as influências dominantes nas várias regiões.
Esta expressão aparece também nos jornais regionais franceses, como Courrier Picard, na forma de “Le choc de deux France”, ou L’Est Républicain, com “Deux France face à face”.
Le Figaro opta por destacar a derrota de “La droite K.-O.” Libération põe uma imagem de Macron a toda a altura da página, jogando com o sentido de “marche” - o termo forte da sua campanha - e outro tanto faz Le Soir: “En marche vers l’Élysée”.
L’Humanité escolhe uma foto em que Marine Le Pen sai de cena encobrindo, à passagem, a sua própria imagem projectada ao fundo, com o título de “Jamais”; no topo, acima mesmo do logotipo do jornal, uma foto de Jean-Luc Mélenchon com indicação da sua percentagem no momento e o título “Des promesses pour l’avenir”.
Dois jornais britânicos colocam o casal Macron em primeira página, The Guardian com uma imagem actual, o Daily Mail com uma foto do casamento. Curiosamente, The Times usa uma imagem de Martine Le Pen em pose de vitória, com o título ambíguo de “French elite humiliated as outsiders sweep to victory”.
Mais imagens, de outros jornais e de outros países, em revue2presse e na bbc.com