Donald Trump e os “Media” envolvidos em guerra inédita com “tweets” pelo meio

Numa primeira visita à sede da CIA, no dia seguinte à investidura, Trump informou a agência: “Como sabem, eu estou em guerra com os media.” E queixou-se dos jornalistas como sendo “dos seres humanos mais desonestos no mundo”.
Como comenta o enviado especial de Le Monde a Nova Iorque, “nunca um residente da Casa Branca tinha falado e agido deste modo” e, por outro lado, nunca a Imprensa, tomada como alvo de forma tão ostensiva, “tinha alterado tanto a sua cobertura da política nacional, respondendo a golpe com golpe e publicando cachas e revelações”.
No fundo, Trump “consolidou a sua base eleitoral transformando colectivamente os jornalistas, como disse com tanta justeza Paul Farhi, do Washington Post, em opositores políticos”.
No fundo, também, quem perde alguma coisa nesta dicotomia, segundo Le Monde, é a Imprensa da “direita radical americana”. Noutro texto da mesma edição, o seu correspondente em Washington descreve as peripécias de outro episódio, ocorrido em Junho, quando a famosa apresentadora de televisão Megyn Kelly, que fora estrela da Fox News [o canal favorito de Trump], entrevistou na NBC Alex Jones, animador do site Infowars, conhecido pela suas teorias da conspiração e por negar, por exemplo, o tiroteio perpetrado na Escola de Sandy Hook, em que foram mortas vinte crianças.
Mais informação em Le Monde e em Variety.com