Pelo lado de Chicago, a notícia mais recente é preocupante: Robert Channick, do Chicago Tribune, anunciou que a detentora do jornal, a Tronc, admite a hipótese de vender as suas participações de jornais a uma empresa de capitais de investimento. Matt Pearce, do Los Angeles Times, disse em twitter que ser vendido pela Tronc a uma empresa destas “era provavelmente a única coisa pior do que ser detido pela Tronc”. 

“Depois de anos de má gestão, a Tronc consumou recentemente a venda do Los Angeles Times e do SanDiego Union – Tribune ao bilionário Patrick Soon-Shiong. Há um mês, cortou cerca de metade do pessoal do New York Daily News. Channick conta que está sobre a mesa uma proposta de entre 19 e 20 dólares por acção, representanto uma oferta total que podia chegar aos 700 milhões pela empresa inteira.” 

“A gestão dos seus jornais feita pela Tronc tem sido constantemente marcada por falta de coerência estratégica, ausência de comunicação e muitos despedimentos. A venda do LA Times, no princípio do ano, foi precedida por uma batalha [sobre questões laborais] com os trabalhadores do jornal e, em Março, o presidente da Tronc, Michael Ferro, deixou o seu cargo horas antes de ser anunciado que duas mulheres o acusavam de assédio sexual.” 

Aguarda-se a divulgação dos resultados do exercício da Tronc neste segundo trimestre, e a confirmação, ou não, do alegado plano de venda dos seus jornais  - que incluem, além do Chicago Tribune, The Baltimore Sun, Orlando Sentinel e Hartford Courant.

 

O artigo citado, na íntegra, na Columbia Journalism Review