“A política acaba por roubar a cena, pois é ali que há ‘a’ notícia. E como se sabe, o jornalismo vive do ‘sangue’”, afirmou Aly Silva, acrescentando que a aposta nas notícias locais continua a ser pouco satisfatória.


Aly Silva considerou, ainda, que as publicações guineenses apresentam “erros de todos os tipos”, e que isso se deve, principalmente, “às instituições de ensino”.


“Os alunos não lêem sequer um livro por semestre, mas passam as 24 horas do dia nas redes sociais. Consequência: hoje, a língua francesa é possivelmente a mais falada na Guiné-Bissau, um país de língua portuguesa…”, afirmou.


Perante este cenário, Aly Silva admitiu que as perspectivas não são “animadoras”.


“ Em suma, é o jornalismo possível num país com uma democracia ‘musculada’ e em evidente decadência moral. E há o medo. Mas o [poeta] G. Bona (Gian Piero Bona) deixou escrito na pedra que ‘o primeiro grau do heroísmo é vencer o medo’”.


Leia o texto original em “Observatório da Imprensa”

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/entrevista/jornalismo-na-guine-bissau-entrevista-com-antonio-aly-silva/