Se este diagnóstico já é severo, o prognóstico de Pedro Ramírez é uma espécie de condenação a prazo: em 2015 só havia um jornal generalista, em Espanha, a vender acima dos 100 mil exemplares, o qual, hoje, pouco passa dos 70 mil; e citando números da revista Media-tics, que há um ano vaticinava que dentro de oito deixaria de haver edições impressas de jornais, a nova previsão é que em 2023 “não haverá edições impressas, e as que haja terão um valor marginal, testemunhal”. 

Mais do que isso, é uma condenação alargada aos “cúmplices”: segundo afirma, é o poder político que deseja “prolongar artificialmente a vida da Imprensa tradicional, na medida em que resulta mais controlável”. 

São declarações naturalmente polémicas, e o resto da sua intervenção decorre no mesmo tom, com juízos específicos sobre vários episódios da presente situação espanhola, em termos da relação entre o poder político e os meios de comunicação.   

O Foro de la Nueva Comunicación, inaugurado em 2008, é um desenvolvimento da Nueva Economía Fórum – Organización Independiente de Debate. O jornalista Pedro Ramírez foi, durante 25 anos, director do diário El Mundo; depois de destituído deste cargo, em Fevereiro de 2014, iniciou o projecto que se tornou no nativo digital El Español. 

 

Mais informação em Media-tics, no site da Nueva Economía Fórum e no vídeo da sua conferência