Desinformação poderá progredir mas o “fact-checking” também
O panorama mediático foi marcado, em 2020, pela partilha de “fake news” nas redes sociais, quer sobre a pandemia, quer sobre as eleições norte-americanas, recordou a jornalista Katy Byron num artigo publicado no “site” do Instituto Poynter.
E, de acordo com a autora, o mais provável é que as vagas de desinformação continuem a intensificar-se. Ou seja, em 2021 as redes sociais vão apresentar um maior número de notícias falsas, já que as “teorias da conspiração” estão a ganhar força e a receber atenção de cada vez mais cidadãos.
Além disso, os criadores deste tipo de artigos estão, agora, a formar organizações bem oleadas, com capacidade de influenciar o comportamento de muitos dos utilizadores das plataformas “online”.
Ademais, as temáticas serão as mesmas. Ou seja, a pandemia e as questões políticas vão continuar a dominar os artigos desinformativos, defendeu Byron.
No âmbito da saúde pública, é provável que o principal tema diga respeito à vacinação. Já no campo político, Joe Biden deverá ser o principal alvo.
Porém, nem tudo são más notícias. A autora acredita que, perante este cenário, irão surgir mais projectos de literacia mediática.
Janeiro 21
Até porque, nos últimos 12 meses, as iniciativas de “fact-checking” passaram a receber uma atenção considerável do público em geral.
Ademais, estes projectos estão a começar a integrar os currículos escolares. Aliás, nos Estados Unidos, pelo menos 13 Estados iniciaram legislação neste sentido.
Assim, a autora espera que, a longo prazo, os cidadãos consigam filtrar a informação com que se deparam nas redes sociais e que as fontes de “fake news” percam a sua influência.
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