Desinformação “online” afecta mais cidadãos latinos
Em Outubro, o Facebook foi acusado de não accionar medidas eficazes para o combate à desinformação nas suas plataformas, dando prioridade ao lucro da empresa, em detrimento do bem-estar dos seus utilizadores.
Conforme apontou Stephanie Valencia num artigo publicado no “Washington Post”, apesar de ter sido provado que isto afecta os consumidores de produtos em língua inglesa, os danos são ainda maiores noutros idiomas.
Assim, continuou a autora, os principais lesados parecem ser os cidadãos norte-americanos de origem latina, que preferem consumir conteúdos em espanhol.
Conforme indicou a autora, isto acontece porque, por norma, as plataformas tendem a ignorar os artigos de desinformação em espanhol, que permanecem nas redes sociais, sem qualquer sinalização de que contém dados falsos ou descontextualizados.
Além disso, disse Valencia, os cidadãos de origem latina passam mais horas na internet do que os consumidores não-latinos, pelo que têm maior probabilidade de entrar em contacto com “fake news”.
Ademais, continuou a autora, alguns estudos apontam o Youtube com a principal fonte noticiosa de dois terços de todos os cidadãos latinos, em detrimento dos jornais ou “sites” fidedignos.Outro dos factores a ter em conta, conforme afirmou a articulista, é a utilização de plataformas de mensagens instantâneas, nas quais existem menos acções de “fact-checking”, e onde se verifica a livre partilha de artigos de desinformação.
Novembro 21
Por isso mesmo, diversos especialistas em “media” têm sugerido soluções para este fenómeno, com o objectivo de assegurar o bem-estar de todos os utilizadores da internet.
Contudo, afirmou Valencia, as redes sociais e as empresas de tecnologia têm ignorado estes apelos, continuando a permitir a partilha de informações potencialmente nefastas, e escondendo as suas verdadeiras intenções através de estratégias de “marketing” e de narrativas enganosas.
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