“Desertos noticiosos” limitam informação em regiões brasileiras
Algumas localidades do Brasil estão em risco de se transformarem em "desertos noticiosos". De acordo com um estudo da Atlas da Notícia, aproximadamente, 62,2% das cidades brasileiras não têm cobertura noticiosa significativa.
Assim, os habitantes dessas regiões não têm acesso a notícias sobre a sua própria realidade, e informam-se através de "passa palavra". Esse quadro afecta a economia social, as práticas sociais e as relações interpessoais.
A título de exemplo, embora algumas localidades estejam a ser afectadas pelo surto da Dengue, os “media” daquele país têm privilegiado coronavírus que, para já, mal chegado ao Brasil.
O jornalista Wellington Felipe Hack considera, em texto publicado no "Observatório da Impresa, que a situação é, particularmente, desafiante para a preservação da democracia. Num ano em que se realizam eleições autárquicas no Brasil, muitos cidadãos não estão, devidamente, informados sobre a situação da própria região, e não dispõem das ferramentas certas para eleger um candidato capaz de resolver questões que interferem com as suas vidas quotidianas.
Fevereiro 20
Dependentes de uma rede precária de internet e sem condições de acesso a jornais de referência, os civis acabam por acreditar em notícias fraudulentas.
Quando um boato chega aos “media”, os jornalistas verificam, imediatamente, a sua veracidade, e contactam as fontes para confirmar ou rejeitar determinada informação. Num “deserto”, essas informações não são verificadas pela imprensa, logo, os boatos espalham-se com facilidade. Assim, se um candidato for visado numa notícia falsa, dificilmente conseguirá fazer chegar a verdade aos eleitores.
Hack defende, então, que, tendo em conta o cenário que o país atravessará nos próximos meses, é fundamental que se reflicta, mais do que nunca, sobre o impacto dos desertos noticiosos, no processo eleitoral para a novos prefeitos e vereadores.
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