As eleições presidenciais norte-americanas estão a aproximar-se e os “media” têm-se dedicado a informar os leitores sobre as campanhas dos candidatos e a partilhar opiniões sobre o futuro da política nos Estados Unidos.
No “New York Times”, por exemplo, a jornalista Michelle Cotte escreveu sobre como melhorar os debates presidenciais, de forma a torná-los mais informativos e menos sensacionalistas.
A peça foi bem recebida pelos leitores que partilharam, entretanto, outras metodologias que consideram oportunas. As cartas foram, entretanto, editadas, e partilhadas na versão “online” do “NYT”, informando o público norte-americanos sobre as opiniões dos seus concidadãos.
Um dos leitores citados pelo “NYT” considera essencial que a presença de público seja restringida em debates presidenciais, de forma a evitar o sensacionalismo. Isto porque, perante os aplausos e as reacções dos cidadãos presentes, os eventos deixam de focar-se em questões políticas e passam a ser um concurso de popularidade.
Além disso, os leitores consideram importante que passe a haver apenas um moderador, convenientemente informado sobre a campanha de cada candidato.
Outra das sugestões passa pela limitação do tempo para intervir.
Um leitor propôs, ainda, que houvesse tempo dedicado a “fact-checking”, para assegurar os cidadãos da veracidade (ou não) das afirmações de cada candidato.
Os participantes sugeriram, também, que os debates fossem transmitidos pelo operador público (PBS), para que não houvesse interrupções publicitárias.
Contudo, a opinião mais recorrente é a de que os debates devem desaparecer, para serem substituídos por blocos informativos oportunos.
Isto porque, segundo os assinantes do “NYT”, estes eventos constituíram-se em verdadeiros “espectáculos”,
Outros acreditam, mesmo, que não há nada que os políticos possam acrescentar durante o debate, que já não tenha sido mencionado pelos “media”, ou no decorrer das campanhas.
Trata-se de um movimento que visa interromper uma tradição antiga de debates eleitorais, embora o próprio candidato democrata tenha dúvidas acerca da vantagem dessa fuga ao confronto.
Leia o artigo original em “NYT”