Debate-se em Espanha ética e deontologia de jornalistas e directores de comunicação
A Asociación de la Prensa de Madrid (APM), apresentou, juntamente com Federação das Associações de Jornalistas de Espanha (FAPE), a Associação de Jornalistas de Informação Económica (APIE) e a Associação de Directores de Comunicação (Dircom), um documento que define as melhores práticas e princípios que devem nortear o funcionamento dos “media”.
Num momento de profundas transformações sociais, directores de comunicação e jornalistas consideram necessário “reforçar os comportamentos éticos e deontológicos que regem o seu trabalho”.
Com este objectivo, as quatro associações profissionais reuniram-se, pela primeira vez, para preparar o documento, que foi apresentado na sede da APM -- com a qual o CPI mantém um acordo de parceria.
O documento apresentado divide-se em quatro secções.
O preâmbulo evidencia a necessidade de actualização de um conjunto de desafios éticos, “decorrentes dos acontecimentos e mudanças que os profissionais da informação e comunicação têm vivido nos últimos anos”.
A segunda secção inclui, por sua vez, uma série de compromissos dos directores de comunicação, a respeito de informações verídicas; canalização e facilitação dos contactos entre os profissionais dos “media”, além de repudiar a discriminação entre jornalistas.
A terceira parte reflecte sobre os compromissos dos profissionais dos “media”, que passam por publicar e divulgar informações verídicas; comparar as informações com várias fontes confiáveis, entre outros.
Por fim, a última secção trata das relações informativas entre directores de comunicação e jornalistas, mencionando acordos institucionais e relações publicitárias.
Durante a conferência de apresentação, Nemesio Rodríguez, Presidente da FAPE, referiu a importância deste documento num contexto onde a desinformação tenta ganhar terreno.
Abril 21
“O compromisso que hoje firmamos reforça os comportamentos éticos e deontológicos que regem o nosso trabalho e as nossas relações, num contexto em que o avanço da desinformação tenta desvalorizar os princípios e normas que, até há poucos anos, eram considerados intocáveis”.
“A partir de agora -- continuou Rodríguez -- os jornalistas e directores de comunicação abrem uma nova etapa nas suas relações, através de uma iniciativa que visa elevar a dignidade destas profissões e garantir, aos cidadãos, o direito constitucional à informação”.
Por sua vez, Iñigo de Barrón , presidente do APIE, mencionou que a pandemia exige a criação de novas normas sociais.
“No APIE, entendemos que este compromisso visa (...) recordar os princípios do bom jornalismo e da comunicação corporativa correcta. A pandemia levantou novas exigências sociais por um jornalismo comprometido com a verdade e com os factos. Essa função não pode ser realizada sem regras claras”.
Segundo Juan Caño , presidente da APM, “a importância do documento reside no facto de ser a primeira vez que os profissionais lançam as bases para o bom exercício da informação e da comunicação, a sua convivência, a sua complementaridade e a sua contribuição para a transparência e para a verdade, valores fundamentais do jornalismo ”.
Por fim, Miguel López-Quesada , presidente da Dircom, destacou que com este documento “estamos a elevar o nível das questões éticas e deontologia profissional (…) numa altura em que a transparência, a coerência e a verdade devem ser mais valorizadas do que nunca”.
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