Cuba restitui a “conta-gotas” credencias a jornalistas
Perante a pressão de diversos governos internacionais, Cuba restituiu as credenciais de dois dos cinco jornalistas da agência Efe, noticiou o “site” da APM -- Associação de Imprensa de Madrid.
Conforme apontou a mesma fonte, a restituição dessas credenciais será acompanhada da autorização para conceder um visto de jornalista ao novo delegado da Efe em Cuba, Juan Palop, nomeado pela agência no final de Julho passado.
Ainda assim, a presidente da Efe, Gabriela Cañas , considera a nova medida "insuficiente" e "demorada".
“A perseguição à agência por parte das autoridades cubanas é grave”, disse Cañas. “ As decisões dos últimos meses enfraqueceram a nossa equipa . A retirada de todas as acreditações, e esta devolução a conta-gotas, mostra uma vontade inequívoca de desestabilizar o nosso trabalho jornalístico ”.
Recorde-se que, nos últimos meses, o governo cubano tem assumido uma atitude hostil relativamente à agência Efe, o que resultou, a 13 de Novembro, na revogação das credenciais dos seus correspondentes, em vésperas de uma manifestação social.
Antes disso, em Agosto, Havana havia retirado o visto de imprensa ao coordenador da Efe em Cuba.
Estas decisões preocuparam diversas entidades internacionais, por considerarem que estes actos constituíam violações graves à liberdade de imprensa.
Novembro 21
De acordo com a Freedom House, Cuba -- que é considerada um país não livre -- tem um dos sistemas mediáticos mais restritivos do mundo, já que o governo controla todos os “media” oficiais e proíbe empresas de imprensa privadas.
Ademais, os “media” independentes operam de forma clandestina, e são classificados como “propaganda inimiga”.
Cuba encontra-se em 171º lugar no Índice de Liberdade de Imprensa dos Repórteres sem Fronteiras, entre 180 países.
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