Crise de refugiados deteriora a liberdade de imprensa na Grécia
Um outro jornalista, Stavros Malichudis, que colabora com a revista “Salomon”, descobriu que o seu telefone estava sob escuta, depois de ter iniciado uma investigação sobre um refugiado sírio de 12 anos, cujo trabalho artístico tinha sido encontrado no mar.
“As histórias de refugiados são consideradas problemas de segurança nacional”, disse Malichudis. “Acho que foi isso que motivou as atitudes do governo relativamente à minha investigação”
Perante este cenário, a Media Freedom Rapid Response (MFRR) anunciou que irá iniciar uma análise das ameaças à liberdade de imprensa na Grécia, manifestando preocupação quanto ao “assassinato do repórter de investigação, Giorgos Karaivaz”, aos “numerosos e ataques contra jornalistas” e às “interferências do governo”.
Da mesma forma, o representante do European Centre for Press and Media Freedom, Laurens Hueting, afirmou que a Grécia se transformou num “ambiente sufocante para as reportagens críticas e independentes”.
De acordo com os relatórios dos Repórteres sem Fronteiras (RSF), a liberdade de imprensa tem vindo a deteriorar-se na Grécia, onde se regista uma crescente vaga censória.
Além disso, em contexto de pandemia, os jornalistas precisam de obter autorizações especiais, para poderem reportar sobre a crise de saúde nos hospitais.
A Grécia encontra-se em 65º lugar no Índice de Liberdade de Imprensa dos RSF.
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