“Destruição criativa” já é uma expressão contraditória, mas o problema é que as causas do que está a acontecer também são. O autor explica que a informação digital cresceu a um ritmo exponencial, mas “a competição brutal pela atenção das pessoas está a chegar ao ponto de saturação”.

 

O tráfego do BuzzFeed, um dos meios digitais “puros” de maior êxito em todo o mundo, cresceu 43% em 2014, mas no ano passado estagnou. “O seu modelo de negócio, baseado num tráfego altíssimo e na criação de conteúdos patrocinados de difusão viral nas redes sociais, está posto em dúvida.”

 

“Os editores estão a perder o controlo dos seus mercados, enquanto a melhor fatia da publicidade digital é partilhada entre o Google e o Facebook. (…)  Adam Bird, da consultora McKinsey, revela a evolução do modelo: os media nacionais foram superados pelas plataformas tecnológicas globais. Os editores não são donos dos seus leitores nem dos seus conteúdos. Os principais diários dos EUA perderam dois milhões de exemplares em pouco mais de dois anos, cerca de metade da circulação que tinham anteriormente.”

 

Os últimos parágrafos do artigo de Miguel Ormaetxea chamam a atenção para o que tudo isto significa para os media espanhóis, prevendo que, “neste contexto, e com os níveis de endividamento que alguns apresentam, esta nova onda de destruição criativa pode ter enormes consequências no nosso país”.

Esta realidade não é exclusiva dos media espanhóis, outro tanto se aplicando aos portugueses e europeus em geral. 


Mais informação no texto original, no site da APM