Crimes na Amazónia reforçam importância da investigação jornalística
Após o assassinato do jornalista Dom Phillips e do antropólogo Bruno Araújo Pereira, os profissionais dos “media” brasileiros devem continuar, e aprofundar, a investigação sobre o crime organizado na Amazónia, considerou Carlos Castilho num artigo publicado no“Observatório da Imprensa”, com a qual o CPI mantém um acordo de parceria.
Isto porque, de acordo com Castilho, o homicídio no interior da floresta amazónica assinala um momento em que o jornalismo deve ultrapassar os limites da “cobertura normal”, e assumir-se como um elemento indispensável para a sociedade brasileira, para que os cidadãos possam voltar a assumir o controlo.
Como tal, prosseguiu o autor, mais do que uma homenagem à memória de Phillips e Araújo Pereira, a continuação do seu trabalho investigativo serviria, também, para demonstrar que o jornalismo está ciente das suas responsabilidades, num momento em que a informação passou a ser a principal arma do cidadão comum, na defesa do património colectivo.
No entanto, explicou o articulista, devido à sua complexidade, este trabalho não poderia ser desenvolvido de forma individual, exigindo um grande esforço colectivo, semelhante ao “crowdsourcing” – expressão inglesa referente à investigação colaborativa.
Em primeiro lugar, considerou Castilho, é essencial que os jornalistas, que se aliem a esta causa, comecem por analisar o trabalho já desenvolvido por Phillips e Araújo Pereira, para conseguirem encontrar os fios condutores.
Junho 22
Depois, continuou o autor, seria necessário criar iniciativas diversificadas de recolha e interpretação de dados, que teriam de ser coordenadas por uma única instituição.
Castilho recordou, ainda, que o governo e a polícia brasileira conseguirão, apenas, esclarecer as circunstâncias do assassinato. Por isso, cabe aos jornalistas ir ao fundo de questões administrativas e políticas, para que o trabalho iniciado por Phillips e Araújo Pereira marque, de facto, o início da mudança.
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