Segundo Le Figaro, que aqui citamos, uma observação correcta dos números recolhidos pela ACPM tem de prestar atenção às diferenças entre as médias totais e os casos concretos, dos títulos escolhidos ou das idades dos seus leitores.

Assim, no conjunto de todos os modos de leitura dos jornais e revistas, o papel ainda vai à frente, com 47%, seguido pelo smartphone (27%), depois o computador (18%) e o tablet (9%).

Mas, no “top 5 dos títulos de Imprensa mais fortes, a leitura digital suplanta de longe a leitura em papel”, com Le Figaro (o diário e os seus sites magazine) chegando aos 10,9 milhões de visitantes únicos em Junho, à frente da versão impressa, com 9,7 milhões. 

Seguem-se, com números muito próximos, e por ordem descendente, L’Équipe, Le Monde, 20 Minutes e Le Parisien

Curiosamente, os diários de expansão nacional têm aguentado melhor do que as revistas, que “sofreram uma erosão da sua audiência entre Abril e Junho”  - incluindo aqui mesmo as newsmagazines de informação geral, como Le Point, Libération e Courrier International. A excepção, neste caso, é a de Public, que ganhou um milhão de leitores num trimestre, chegando aos 9,1 milhões. 

E serem fortes no digital pode coexistir com boa prestação entre os leitores da respectiva edição imprensa. Assim, Le Monde, L’Équipe e Le Figaro também continuam no top 5 dos títulos mais lidos em papel, com números entre os 9,7 e os 11 milhões de leitores. 

Os dois primeiros lugares são ocupados por Femme Actuelle (12,9 milhões de leitores da edição impressa) e pela Paris Match (11,8 milhões).

 

O artigo citado, em Le Figaro, e o comunicado de Imprensa da ACPM