Conversas com jornalistas para promover a literacia mediática
O trabalho editorial é, por vezes, um mistério para as audiências que não entendem o processo adjacente, e que tendem a desumanizar a figura do jornalista, tomando-o como alguém quase “robotizado”, que prima pela neutralidade e objectividade, sem nunca se envolver com as histórias que publica.
Este tipo de percepção cria, assim, um distanciamento entre os profissionais dos “media” e os restantes cidadãos, que encaram as reportagens com cepticismo e desconfiança, criticando o papel do jornalista na sociedade.
Perante este cenário, os repórteres McArdle Hankin e Lauren Peace decidiram lançar o projecto “Local Live(s) Project”, que convida os jornalistas locais a falarem do seu percurso profissional, com o objectivo de fomentar uma relação de confiança com o público e promover a literacia mediática informal.
Em entrevista para a “Columbia Journalism Review”, os criadores da iniciativa explicaram que tudo começou com conversas informais, em que os jornalistas subiam a palco para contar as peripécias do trabalho jornalístico, respondendo às questões colocadas.
Mais tarde, com a pandemia, os eventos passaram a ser promovidos “online”, através de videoconferências.
Julho 21
Os organizadores procuraram, acima de tudo, manter a informalidade em todos os eventos, para que se assemelhassem a um jantar de família, quando todos estão concentrados em ouvir uma crónica contada por um tio ou um avô.
Para tal, deram prioridade a jornalistas que, por norma, não recebem atenção mediática, mas que têm a capacidade de interagir com as audiências.
Desta forma, explicaram Hankin e Peace, os profissionais conseguiram conquistar o interesse de cidadãos sem qualquer ligação ao trabalho dos “media”, contribuindo para a literacia mediática de todos os participantes.
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