Conselhos de Ano Novo para motivar as redacções em 2018

A autora socorreu-se de outros autores, cujos conselhos cita, e arruma tudo em dez pontos que aqui resumimos:
- – Prioridades claras - Muitos jornalistas que tentam fazer tudo o que lhes é pedido chegam ao ponto de já não saberem escolher o que tem de ser deixado de lado. Jill Geisler passa esta responsabilidade aos seus responsáveis: “Que projectos e tarefas são absolutamente vitais, quais são desejáveis mas não indispensáveis, e quais são descartáveis?”
- – Plano da cobertura eleitoral - Esta questão é muito americana, refere-se às próximas campanhas para o Congresso, ou eleições locais. A autora sublinha que é preciso que as redacções tenham uma estratégia pronta, e já!
- – Acelerar a “mudança de poder” - Referência ao movimento #MeToo, de denúncia de abusos contra as mulheres, nos locais de trabalho. Há coisas que não mudam facilmente. Verificar a situação na sua empresa.
- – Estar atento ao feedback da redacção - Este é o recurso mais negligenciado, e todos sentem a sua falta. Falar do que aconteceu de positivo com a sua equipa, celebrar as vitórias e recolher ensinamento das derrotas.
- – Estar disponível - Tomar a sério o poder das palavras e o perigo do seu silêncio. Uma antiga editora do Washington Post adverte: “Lembre-se que aquilo que diz aos membros da sua equipa tem mais significado do que pensa. Há pessoas a quem disse muito pouco durante meses.” (...)
- – Descobrir os “tesouros escondidos” - Obter o melhor do seu pessoal, onde podem existir talentos mal aproveitados. Motivá-los e favorecer as suas oportunidades de desenvolvimento vai torná-los mais empenhados.
- – Recrutar, mesmo que não seja para já - Estar atento às oportunidades de chamar novos elementos para a sua equipa e integrá-los na “cultura de trabalho” já construída.
- – A expressão fake news tornou-se política - Um inquérito recente revela que, nos EUA, a expressão fake news é hoje a mais aborrecida para todos, logo a seguir a whatever... “Isto significa que as exclamações constantes do Presidente Trump, de fake news como arma política contra um jornalismo baseado em evidências, podem não estar a correr-lhe tão bem como ele desejaria.” Manter uma conduta jornalística rigorosa, verificar cada afirmação, usar linguagem responsável e continuar o seu trabalho.
- – Cuidar de si - Ninguém pode cuidar de uma equipa se está exausto. É preciso procurar pausas na pressão do quotidiano para pensar de modo diferente, e fazer com que os membros da sua equipa as tenham também.
- – Não perder de vista a sua responsabilidade de liderança. “Claro, você pode ser um paladino da verdade, da ética e da Primeira Emenda. Mas o editor de agenda de uma redacção que eu conduzi durante muitos anos, Bruce Nason, quer ter a certeza de que você permanece fiel a outro dever sagrado: ‘Não se esqueça de trazer donuts’.”
O texto citado, na íntegra, na Columbia Journalism Review