Permanecem assim, em prisão preventiva, o proprietário do jornal, Akin Atalay, o chefe de redacção, Murat Sabuncu, o jornalista de investigação Ahmet Sik (detido há mais de um ano) e o contabilista, Emre Iper. 

Segundo Le Monde, que aqui citamos, o julgamento continua a 9 de Março, e a próxima audiência será na prisão de Silivri, uma cidade na periferia oeste de Istambul, conforme anunciou o advogado de defesa, depois da decisão tomada à porta fechada. 

“Dezassete dirigentes, entre jornalistas e outros empregados actuais ou antigos do Cumhuryiet, estão a ser julgados por ‘actividades terroristas’. O assunto condensa as inquietações ligadas à erosão da liberdade de Imprensa na Turquia.” 

“Este processo é o símbolo das tentativas que visam hoje fazer calar a liberdade de expressão no país. É o símbolo das perseguições exercidas contra os jornalistas”  - declarou à Agência France-Presse uma advogada de defesa, Gülendam San Karabulutlar.” 

Foi o jornalista de investigação acima citado, Ahmet Sik, quem acabou expulso da sala, depois de ter acusado a “justiça controlada pelo poder” de lançar “acusações absurdas” e o governo de “tratar como terroristas os que não lhe são conformes”.

“Já chega! Se quer fazer política, torne-se deputado! (...) Não posso deixar o acusado continuar deste modo. Façam-no sair da sala!”  -  foi a resposta do juiz-presidente, Abdurrahman Orkun Dag. 

“Segundo o site P24, especializado na liberdade de Imprensa, cerca de 170 jornalistas estão detidos na Turquia, que ocupa neste momento o 155º lugar entre os 180 países classificados nesta rubrica pela organização Repórteres sem Fronteiras.”

 

Mais informação em Le Monde, cuja imagem aqui reproduzimos