“Ao lançar um produto, a Google pode ditar os termos e condições, minar a legislação destinada a criar condições para o comércio justo e, ao mesmo tempo, alegar que está a contribuir para o  financiamento da produção de notícias ", apontaram.


O Conselho procurou, assim, alertar para a directiva europeia sobre os direitos de autor  no mercado único digital, que os governos da UE estão a introduzir na sua legislação.


Ora, esta directiva é fundamental para regular os pagamentos das plataformas às editoras, garantindo, igualmente, que todos os criadores de conteúdo (incluindo jornalistas) têm direito a uma remuneração adequada pelos direitos autorais.


Por outro lado, a Google está a tentar contornar a directriz, estabelecendo acordos individuais e confidenciais com os “media”, em vez de negociar de forma colectiva.


Ainda assim, em 31 de Março, a empresa de tecnologia anunciou que o Google News Showcase tinha conteúdos de 600 “media”, incluindo a agência Reuters. Contudo, não foram fornecidos quaisquer dados sobre o pagamento de taxas remuneratórias.


Desta forma, é impossível perceber se os “media” estão, de facto, a ser remunerados de forma justa, ou se a Google continua a defender os seus próprios interesses, em detrimento da sustentabilidade e pluralidade da imprensa.


Assim, Nemesio Rodríguez alerta para a necessidade de um maior nível de transparência, que vá ao encontro das leis europeias, e que garanta a justa regulamentação do espaço “online”.