Confiança na imprensa comunitária “online” implica análise crítica
A literacia mediática é cada vez mais necessária, numa época em que os “sites” partidários estão a contratar jovens jornalistas para partilharem propaganda política, que prolifera nas redes sociais, alertou Margaret Sullivan num artigo publicado no “Washington Post”.
Até porque, indicou a autora, algumas destas peças parecem ter informações reais. Um exemplo disso mesmo foi um artigo publicado no “site” “West Cook News”, que afirmava que uma escola de Chicago ia começar a classificar o trabalho dos alunos de acordo com a sua origem étnica.
Esta história tornou-se viral nas redes sociais, onde vários utilizadores criticaram aquela instituição. No entanto, a escola desmentiu, rapidamente, o artigo, apresentando provas de que a informação partilhada pelo “site” havia sido descontextualizada, baseando-se num documento discutido nas reuniões de pais e professores.
Este tipo de prática, considerou Sullivan, além de disseminar boatos, prejudica a reputação dos verdadeiros jornais de cariz comunitário, que têm registado dificuldades em assegurar a sua sustentabilidade financeira, perante as quebras de circulação.
Até porque, por terem nomes semelhantes aos de outros jornais locais, estes “sites” de cariz partidário aproveitam-se da confiança que alguns dos cidadãos continuam a ter na imprensa comunitária, para minar a percepção cívica, e promover uma determinada ideologia.
Além disso, a maioria destas plataformas não funciona de forma transparente, uma vez que não revela as suas fontes de financiamento que, muitas vezes, têm origem em grupos políticos.
Perante este cenário, Sullivan aconselha os utilizadores das redes sociais a analisarem as notícias de forma crítica, antes de as partilharem junto dos seus seguidores.
Junho 22
Neste sentido, a autora considera essencial que os cidadãos não se deixem levar pelas suas emoções, e que façam a sua própria pesquisa, para confirmarem se a informação foi, ou não, verificada por outras fontes.
Acima de tudo, conclui Sullivan, é crucial que os internautas assumam uma nova conduta, e que se tornem mais cépticos relativamente a tudo o que consomem nas redes sociais.
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