Como se enganaram jornalistas e peritos na campanha presidencial dos EUA

O trabalho de Carlos Franganillo faz uma resenha histórica do modo como funcionavam habitualmente as campanhas presidenciais nos EUA, com a preocupação de esclarecer o que é que mudou, no caso presente, e de que modo isso explica “o terramoto Donald Trump”.
“Há sempre uma relação de benefício mútuo entre os candidatos e as empresas de Informação (…), mas nunca na minha vida ela pareceu tão focada num único candidato. E as apostas financeiras nunca tinham estado tão entrelaçadas com as apostas políticas e jornalísticas” - escreveu em Março Jim Rutenberg, analista dos media no jornal The New York Times. (…)
Carlos Franganillo cita este e outros observadores do fenómeno, descreve com pormenor a relação entre os votantes e os meios da sua preferência política e, perto da conclusão, faz a seguinte síntese:
“Em linhas gerais, a Imprensa não soube identificar correctamente e a tempo algumas correntes de fundo que favoreceram as revoltas anti-establishment de um e de outro lado, com Donald Trump a devorar os candidatos do aparelho do Partido Republicano e Bernie Sanders a fazer face à ex-Secretária de Estado Hillary Clinton. Notou-se uma certa desconexão entre as élites da profissão e a sociedade, na qual se geraram mudanças significativas nos últimos anos.”
O texto original, na íntegra, nos Cuadernos de Periodistas