Como poderão os jornalistas cobrir os movimentos sociais
Corria o mês de Junho quando as ruas norte-americanas foram “invadidas” por manifestações de apoio às minorias sociais.
Naturalmente, os “media” estiveram presentes, a cobrir os acontecimentos ao minuto, apesar do risco de infecção por covid-19.
Contudo, reportar sobre este tipo de movimentos sociais nem sempre é fácil, e os jornalistas podem acabar por recorrer a narrativas pré-determinadas, ou a desvalorizar o papel dos líderes e das instituições, escreveu Anita Varma num texto para o “site” “Medium”.
Perante este cenário, a autora reuniu uma lista com conselhos, de forma a ajudar os profissionais dos “media” a falarem sobre minorias com exactidão e “solidariedade”.
Varma considera, então, essencial que os jornalistas falem, directamente, com membros das referidas comunidades, para conseguirem espelhar os seus problemas. Estes testemunhos devem ser acompanhados das perspectivas das autoridades locais e nacionais.
Isto porque os jornalistas não devem ceder à tentação de substituir uma reportagem por um artigo de opinião.
Julho 20
De acordo com a autora, os repórteres costumam cobrir estes acontecimentos, por considerarem que é o seu dever cívico. Contudo, o mesmo não acontece com os “patrões dos media”, por temerem repercussões nos investimentos e nas receitas.
Assim, Varma sugere que estes profissionais recorram a organizações jornalísticas solidárias -- como The Oaklandside, Broke in Philly, Pittsburgh Media Partnership e MLK50: Justice Through Journalism -- que estão a oferecer formação para este tipo de reportagem.
Por outro lado, Varma encoraja os investidores e os fundos de jornalismo a apostarem em “workshops” de solidariedade dentro da profissão.
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