A sua imagem inicial para caracterizar a presente crise dos media foi-lhe dada, aliás, pelo editor de um jornal que pôs as coisas nestes termos: 

“Temos duas casas: uma está a arder, e a outra ainda não está construída. Assim, o nosso problema é termos de combater as chamas na casa antiga, ao mesmo tempo que tentamos descobrir como vamos construir a nova.” 

Miguel Ormaetxea, editor de Media-tics, resume nos seguintes onze pontos o artigo de Jeff Jarvis:

  1. -  O futuro do jornalismo está em construir relações.
  2. -  Os media devem ser construídos como um serviço, e não como um produto.
  3. -  O que é importante é o valor e não o volume da audiência.
  4. -  É essencial aprender a escutar, para criar comunidades.
  5. Deixe que seja a televisão e o Twitter a contarem o que acaba de acontecer.
  6. -  Construa relações de confiança e experimente com eventos.
  7. -  O comércio será importante, faça recomendações em vez de publicidade.
  8. -  Desenvolva talentos sociais para compreender o melhor modo de escutar o público. Importa recolher e analisar dados.
  9. -  É essencial desenvolver múltiplas fontes de receita.
  10. -  Há que repensar o jornalismo de cima abaixo, constantemente e em todas as funções.
  11. -  A profecia da morte do jornal impresso não se confirma. Os editores do papel têm, a curto prazo, a tarefa de repensar os seus produtos: o seu novo design.

Nessa antevisão do jornal do futuro, Jeff Jarvis descreve pessoas “organizadas em equipas capacitadas e multi-funcionais, em torno das comunidades que servem, em vez de silos de produção ou departamentos”. 

Todos serão “peritos em escutar”. A empresa dependerá de múltiplas fontes de receita: publicidade de muitas formas e maior qualidade e valor. Incluirá também as assinaturas, a ‘membrasia’, eventos e comércio. 

No final, admite que não tem garantia de que mesmo a sua estratégia funcione: 

“Só há duas garantias: se não nos reinventarmos, caminhamos para uma morte segura. Estamos no caminho de um longo processo. Ainda não sabemos o que é a Internet. Ainda não sabemos o que pode ser o jornalismo. Mas temos aqui um começo.”

 

Mais informação em Media-tics e o artigo original, em Medium.com